Segundo Rubem Alves, os pianos moram no mundo das quantidades, enquanto que a música mora no mundo das qualidades.
O fato de dizer que os pianos são do mundo quantitativo se dá porque para fabricá-lo é necessário medi-lo, pesá-lo e testado, sendo assim é necessária uma ciência rigorosa. Já a música está relacionada com o prazer, e por isso é uma experiência qualitativa e não pode ser medida, pois não existe maneira para repeti-la exatamente igual, diferentemente do piano que pode ser construído absolutamente igual diversas vezes.
A partir dessas observações os cientistas do passado perceberam a diferença entre a ordem das quantidades e a ordem das qualidades. E as chamaram de:
- qualidades primárias - são as que pertencem ao objeto e independem de nossos sentimentos e podem ser ditas em linguagem matemática, sendo possível a repetição.
- qualidades secundárias – se referem às experiências subjetivas que temos ao provar o objeto.
Apesar de o homem ser movido pelo qualitativo, é o quantitativo que é visto como ciência, pois pode ser repetido, comprovado através de números.
Com isso as pesquisas brasileiras realizadas no campo qualitativo estão sendo rejeitadas, sob a alegação de que seus resultados são imprecisos e não podem ser repetidos, não sendo aceitos para publicações em revistas internacionais. E como todo cientista busca por ambição profissional, dinheiro, fama eles acabam deixando o qualitativo de lado e procurando o quantitativo que é o campo que se destaca em revistas internacionais.
Concluindo, atualmente a ciência está voltada para o setor econômico, aquilo que traz status, dinheiro. Deixando para trás novas descobertas científicas de qualidade não apenas de quantidade.
Eliana de Melo
Edelcio Geraldo
Roberta Guerra
1º semestre Turismo
quinta-feira, 1 de abril de 2010
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